Muitas vezes, aquilo que enxergamos não é exatamente o que deveríamos ver. Prova disso são os muitos relatos de avistamento de discos voadores, que nunca podem ser comprovados. Nesse caso, a maioria das pessoas acaba não sendo uma fonte muito confiável, já que está sujeita a influências psicológicas, ilusões de óptica e efeitos atmosféricos capazes de “nublarem” a razão de qualquer um.
Quer um exemplo prático? Vá até a janela e olhe para aquela imensa sala azul que, na internet, chamamos de “mundo real”. Bem no alto dela há um pixel muito brilhante, conhecido como Sol. Se olharmos diretamente para ele — e nunca use um binóculo ou telescópio para isso; caso contrário, você perderá a visão —, podemos afirmar com segurança que o nosso Astro Rei possui uma cor amarelada.
Talvez por isso seja tão comum escolhermos um lápis de cor de tom amarelado para colorirmos a representação gráfica de nossa estrela vizinha. Na prática, a cor cai bem e torna o desenho mais realista. Porém, dependendo da ocasião, para levar o realismo a sério seria necessário mudar a cor do Sol, já que, se visto do espaço, o astro seria branco.
Por que o Sol (não) é amarelo?
O Sol parece amarelo pela mesma razão que, para nós, o céu tem cor azul: a atmosfera da Terra serve como uma espécie de filtro, fazendo com que determinados espectros que formam a luz solar não cheguem até nós.
Nesse caso em específico, a atmosfera terrestre dispersa os espectros do intervalo azul-violeta, fazendo com que apenas os outros cheguem até nós. Por isso, a aparência dessa estrela acaba sendo mais amarelada.
O caso do céu avermelhado
O mesmo processo é responsável por outros efeitos visuais interessantes, como o céu que se torna mais amarelado durante o pôr do Sol. Além disso, há ocasiões em que tanto a estrela quanto o firmamento ganham uma coloração avermelhada.
A razão para isso acontecer se deve ao fato de que o Sol está sumindo na linha do horizonte e, durante esse momento, o astro está em um ângulo tal que a luz precisa atravessar uma camada muito maior de atmosfera, tornando mais difícil a propagação de ondas de comprimentos mais baixos, como a da cor azul. Dessa forma, o que sobra é o amarelo.
Porém, pode acontecer de o ar estar carregado de poeira ou outras partículas grandes. Nesse caso, ondas de comprimentos maiores também serão filtradas, deixando o céu e o sol com uma coloração avermelhada.
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